Descoberto no início do século XX (a primeira exploração data de 1909 no Irã), o petróleo se tornou um dos mais importantes elementos da economia mundial. Além de usado como combustível, vários outros derivados colocam o petróleo como base da economia de muitos países, sendo alvo de cobiça e sinal de riqueza para quem detém as jazidas.
O Oriente Médio, logo após a Primeira Guerra Mundial, já era o maior produtor petrolífero do mundo e, por isso, despertava o interesse das grandes potências. Assim, houve uma partilha dos países do Oriente Médio entre França e Inglaterra, que passaram a dominar as empresas de exploração de petróleo. Para citar um exemplo, em 1926, a Irak Petroleum Company foi repartida entre Inglaterra, que detinha 52,5% das ações; França, com 21,25% e EUA, com 21,25%; restando ao Iraque somente 5%. Cerca de 90% da produção mundial passou ao controle de apenas sete empresas, conhecidas como as "Sete Irmãs", das quais cinco eram norte-americanas.
Como conseqüência desse imperialismo, houve um grande êxodo rural na região, principalmente do Egito para os países do Golfo, provocando desequilíbrios populacionais e econômicos. Vale lembrar que, apesar de estar se construindo grandes riquezas, apenas uma pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e a maioria dos petrodólares eram investidos nos grandes centros dos países ricos, restando 7% de investimentos aos países árabes.
Com a qualidade de vida da população baixando, um forte sentimento de independência surgiu nos países árabes. Os produtores de petróleo passaram a pressionar as "Sete Irmãs" estabelecendo uma divisão de lucro de meio a meio e, em 1960, criam a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para organizar e fortalecer essa política de independência. Os países membros são: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar, Kuwait, Iraque, Líbia, Gabão, Indonésia, Nigéria, Equador, Venezuela e Argélia. Em 1968, cria-se a Opaep (Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), com o objetivo de defender os interesses referentes à nacionalização das companhias estrangeiras